O
rompimento de duas barragens de uma mineradora liberou uma enxurrada de lama
que causou grande destruição e mortes em um distrito de Mariana, na Região
Central de Minas Gerais, na tarde desta quinta-feira.
A
lama pode ser tóxica? O rejeito é tóxico. A Samarco não divulgou, mas a
informação que temos é que o rejeito contém arsênio, mercúrio e ferro. Que são
muito tóxicos. Há risco de contaminação de toda a bacia do Rio Doce. O distrito
de Bento Rodrigues que foi atingido tinha 188 casas e 65 % foram destruídas. A
lama continou descendo e atingiu outras comunidades rurais, algumas a 70 km de
distancia da barragem, como Paracatu. A mídia destaca o abalo sísmico. Porém o
professor da USP que divulgou o dado já disse que esse tipo de abalo acontece
todos os dias e que é muito difícil de afetar uma barragem. Muitas pessoas
estão desaparecidas
O
que causou o rompimento? Há risco de
novos rompimentos? Quantas pessoas podem
ter sido afetadas?
Muitas
pessoas estão desaparecidas. Moradores
do local atingido já vinham denunciando problemas na barragem há 15 anos.
Portanto para nos fica claro a negligência e a responsabilidade da Samarco.
Um
laudo técnico elaborado a pedido do MP (Ministério Público) de Minas Gerais
alertou, em 2013, sobre os riscos de rompimento da barragem do Fundão, em
Mariana (a 115 km de Belo Horizonte), da mineradora Samarco. O
relatório foi produzido pelo Instituto Prístino em outubro de 2013 e anexado ao
parecer do MP em relação ao pedido feito pela Samarco Mineração ao órgão
ambiental do Estado para renovar a licença de operação da barragem
O
documento chama a atenção para a proximidade perigosa entre a barragem do
Fundão, para onde a Samarco destina o material descartado durante a mineração (como
água, terra e restos de minério), e o local onde a Mina de Fábrica Nova da Vale
coloca rochas sem minério, chamado de pilha de estéril União.
"Notam-se
áreas de contato entre a pilha e a barragem. Esta situação é inadequada para o
contexto de ambas as estruturas, devido à possibilidade de desestabilização do
maciço da pilha e da potencialização de processos erosivos", diz o
relatório.
Nesta
sexta-feira, a Polícia Civil abriu um inquérito para apurar o rompimento das
barragens de Fundão e Santarém. A investigação está sob a responsabilidade do
delegado Aloísio Daniel Fagundes, da 2ª Delegacia Especializada de Crimes
contra o Meio Ambiente e Conflitos Agrários, que está no local acompanhando o
caso. Além do delegado, foram enviados para Mariana peritos da divisão
especializada em Meio Ambiente da Polícia Civil e investigadores.
Os
efeitos do rompimento da barragem do Fundão, no distrito de Bento Rodrigues, em
Mariana, podem chegar até o Espírito Santo na semana que vem.
OPINIÃO
Sempre
que uma tragédia acontece as pessoas ficam sensibilizadas e são solidárias,
elas saem de suas casas e fazem o que podem para ajudar as vítimas; pessoas
doam alimentos e roupas , doam água e seu próprio tempo, para dar poio e buscar soluções.
Sempre
que as tragédias acontecem a mídia quer notícia e audiência; Tvs e jornais
informam a população mas também colocam
frases de efeito bombásticas para atrair leitores e telespectadores, a mídia é sempre cruel.
Depois
ficamos sabendo que a tragédia poderia ser evitada se empresas responsáveis e governo tomassem
providências, se tomassem medidas
preventivas.
Como
aconteceu agora com as duas barragens que se romperam em Minas. O MP (Ministério Público) de Minas
Gerais alertou, em 2013, sobre os riscos de rompimento da barragem do Fundão,
em Mariana (a 115 km de Belo Horizonte), da mineradora Samarco.
A
tragédia aconteceu e podem dizer que ocorreu por causa dos abalos sísmico
ou por alguma outra falha que não os
incrimine mas ninguém vai querer se responsabilizar pelas mortes e pela
destruição que poderiam ter sido evitadas.
O
sofrimento, o trauma, o prejuízo vai ficar com as vítimas.
Vanessa Nascimento
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